Ginecologia Oncológica

Atendimento voltado aos tumores ginecológicos como Câncer de colo uterino, ovário, vulva e endométrio.
Nesse âmbito, as neoplasias ginecológicas representam 40% dos cânceres femininos. Sendo o mais comum o câncer de colo de útero, seguido dos cânceres de ovário, endométrio e por último de vulva.
Vamos especificar cada uma delas agora:

Câncer de Colo de Útero

Essa neoplasia é a terceira mais comum entre as mulheres, perdendo para o Câncer de Mama e o Colorretal.
É relacionado a alteração histopatológica causada pela infecção crônica de alguns tipos de HPV (Papilomavírus Humano – 16,18), sendo este o principal agente para a neoplasia mais comum do Câncer de Colo de Útero, o CEC (Carcinoma Espinocelular).
Início precoce da atividade sexual e a multiplicidade de parceiros aumentam as chances de contrair o vírus. Além disso, tabagismo e o uso prolongado de anticoncepcional via oral são outros exemplos de fatores de risco.
Com o desenvolvimento da vacina contra o HPV os casos vêm diminuindo gradualmente. O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV (6, 11, 16 e 18) para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.
Além da vacina, o uso de preservativo durante a relação sexual e o exame de Papanicolau periodicamente são métodos de prevenção para esse tipo de câncer.
No entanto, vale ressaltar que a vacina não previne contra todos os agentes oncogênicos do HPV. Os que compõem a vacina são os mais comuns. Por isso, mesmo as mulheres vacinadas devem fazer o exame de Papanicolau periodicamente.
Normalmente, no estágio inicial o tumor não traz sintomas. Mas quando presentes, podem apresentar sangramento e/ou dor na relação sexual, presença de secreção vaginal de odor forte e dor pélvica.
O Papanicolau é indicado para mulheres entre 25 e 64 anos e que já tiveram atividade sexual. É preconizado pelo Ministério da Saúde se 2 exames consecutivos anuais normais, o mesmo pode ser realizado a cada 3 anos.
Para diagnóstico, além do Papanicolau temos a Colposcopia, mediante a qual é possível fazer a biópsia da lesão.
O tratamento em estágios iniciais é baseado em cirurgia. Nos demais, é preconizado a realização da Quimioterapia e Radioterapia concomitantes, também com altas chances de cura.

Câncer de Ovário

Segunda neoplasia mais comum no grupo das doenças ginecológicas, ficando atrás somente do Câncer de Colo de Útero.
Dentre os fatores de risco, o principal deles é a idade, a qual acima de 50 anos, apresenta maior chance de desenvolver Carcinoma Epitelial de Ovário. Além disso, entre os demais fatores temos aqueles relacionados a fatores hormonais. O risco é maior em mulheres inférteis ou que não gestaram comparados com aquelas que tiveram mais de um filho ou usaram anticoncepcional via oral por longa data. Primeira menstruação muito cedo ou menopausa tardia também aumentam os riscos.
Além desses fatores pessoais e ambientais, história familiar de câncer de ovário, mama e colorretal; mutação genética do BRCA1 e BRCA2, obesidade também estão associados a um risco mais aumentado.
Na fase inicial, o câncer de ovário pode não trazer sintomas. No entanto, desconforto abdominal, náusea, constipação, mal-estar, fraqueza e cansaço costumam ser sintomas habituais.
Não existe exame de rastreio para câncer de ovário, no entanto, a rotina ginecológica com ultrassom pélvico ou transvaginal consegue fazer por vezes diagnósticos iniciais.
Uma vez em que há suspeita, partimos para exames complementares como tomografia, ressonância e laboratório, incluindo marcadores tumorais.
O tratamento para câncer de ovário inclui basicamente quimioterapia e cirurgia.

Câncer de Endométrio

Esse tipo de neoplasia pode se desenvolver em qualquer faixa etária, sendo mais comum em mulheres menopausadas.
Assim como no câncer de ovário, a idade também influencia como fator de risco para esse tipo de tumor. Mulheres acima de 50 anos são mais propensas a desenvolver esse tipo de câncer.

Tem dúvidas sobre o seu diagnóstico?

Dúvidas Frequentes

Não. Existe uma relação de semelhança entre eles, mas não podem ser considerados sinônimos. Tumor é uma designação dada para uma formação sólida, a qual pode ser benigna ou maligna. Câncer é uma doença maligna. Todo câncer tem uma tumoração maligna, mas nem todo tumor é um câncer.
Exemplos de tumores benignos são os miomas uterinos ou pólipos intestinais. Os tumores benignos normalmente tem um crescimento lento, apresentam superfícies regulares e não invadem estruturas ou órgãos vizinhos.
Já, tumorações malignas apresentam um crescimento mais acelerado, apresentam superfícies irregulares e podem invadir estruturas ou órgãos vizinhos.

Não. 85% a 90% dos cânceres tem origem esporádica, ou seja, o DNA sofreu uma mutação que predispõe ao câncer devido a comportamentos ambientais, tais como sedentarismo, tabagismo, exposição solar, consumo de bebida alcoólica, alimentação pobre em fibras, legumes, verduras e frutas.
O restante, 10% a 15% realmente tem uma relação genética que predispõe ao câncer, por exemplo as mutações do BRCA, p53, gene APC e por aí vai. Essas existem relação de hereditariedade e normalmente são diagnosticados com câncer em idade jovem.

Normalmente, os cânceres em estágio inicial apresentam sinais e sintomas dos locais que eles estão se desenvolvendo. No entanto, isso não é uma regra.
Sintomas como fraqueza, perda de apetite, cansaço, perda de peso inexplicada são alguns sintomas que estão presentes em quase todos os tipos de cânceres. Além disso, dor abdominal difusa, alteração do hábito intestinal e presença de sangramento seja vaginal ou nas fezes são sempre sinais a serem investigados.

Não. Para cada tipo de neoplasia há um tipo específico de quimioterapia a ser empregada. Além disso, nem toda quimioterapia empregada para cada tumor é igual para todos os indivíduos. O tratamento oncológico, incluindo cirurgia, quimioterapia e radioterapia, são sempre individualizados. Não é porque um os tumores são semelhantes que o tratamento empregado acaba sendo o mesmo. Além das características individuais de cada paciente, existem as particularidades de cada tumor o que acaba diversificando esse tratamento.

Depende de inúmeros fatores. O primeiro deles é a condição clínica do paciente. Por vezes, o paciente pode ser limítrofe para cirurgias minimamente invasivas como as laparoscópicas (por vídeo) e as robóticas. Em segundo lugar, vem as características do tumor, tais como tamanho, localização e grau de invasão de órgãos locais. Em terceiro, mas não menos importante, vem a habilidade do cirurgião com o tipo de via da cirurgia; ou seja, se o cirurgião tem expertise o suficiente para resolver, porventura, alguma complicação que possa aparecer naquela via cirúrgica optada. Concluindo, a melhor via cirúrgica tem a mesma linha de raciocínio que a linha de tratamento oncológico: a melhor que há para você!