Oncologia Colorretal

Atendimento voltado aos cânceres que atingem o intestino grosso, cólon e reto.

Trata-se de um dos tipos de cânceres mais comuns da atualidade, sendo o segundo câncer mais comum nas mulheres, perdendo somente para o Câncer de Mama, e o terceiro nos homens, atrás do Câncer de Próstata e de Pulmão.

É tratável e altamente curável quando diagnosticado precocemente.

Pode acometer pessoas de todas as idades, mas é mais prevalente em pessoas acima dos 50 anos. Entre os fatores de risco além da idade estão: obesidade, dieta pobre em frutas e verduras, consumo excessivo de carne vermelha (acima de 500g por semana) e carnes processadas (salsicha, defumados, bacon entre outros), sedentarismo, tabagismo e etilismo. Além dos fatores de risco ambientais, temos os relacionados a antecedentes familiares como história de câncer de intestino em parentes de primeiro e segundo grau, além de câncer de útero, ovário e mama.

Pacientes portadores de doença inflamatória intestinal como Retocolite Ulcerativa (RCU) e Doença de Crohn (DC) apresentam um risco mais elevado em desenvolver Câncer Colorretal.

A maioria dos casos de Câncer Colorretal são causados por eventos esporádicos, ou seja, 90-95% das mutações genéticas relacionadas a esse tipo de neoplasia são causadas por fatores comportamentais e ambientais. Somente 5-10% são mutações genéticas transmitidas de forma hereditária, como acontece com a Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) e o Câncer Colorretal Hereditário sem Polipose (HNPCC).

Entre os sinais e sintomas mais prevalentes estão: mudança do hábito intestinal, sangramento nas fezes, dor abdominal e perda de peso.

No entanto, tais sinais e sintomas não são únicos e exclusivamente diagnóstico de neoplasia. Muitos deles estão também relacionados a doenças benignas como doença hemorroidária, úlcera gástrica ou doença diverticular. Por isso a importância de um acompanhamento médico e exames de rotina.

Para a realização do diagnóstico podemos contar com o sangue oculto nas fezes e a colonoscopia. O sangue oculto nas fezes é realizado em pacientes que não apresentam sintomatologia e que não estão dentre os critérios de fatores de risco. No entanto, dentre os seus benefícios é que é um método que pode ser realizado anualmente, não invasivo e facilmente acessível. Caso venha positivo, a indicação da colonoscopia se faz necessária. Essa acaba sendo o padrão-ouro para o diagnóstico pois, ao mesmo tempo em que avalia todo o cólon consegue fazer a biópsia para diagnóstico anatomopatológico.

Como tratamento, a cirurgia é o método de escolha, sendo que essa pode ser realizada de modo minimamente invasivo (laparoscopia ou robótica) ou aberta (laparotomia). Usualmente, somente após o procedimento cirúrgico é definido um tratamento complementar com quimioterapia.

O que diferencia o tratamento para tumores no cólon e no reto é que no primeiro normalmente o primeiro tratamento inclui a cirurgia avaliada após pela necessidade ou não de quimioterapia. No caso do Câncer de Reto, normalmente iniciamos com um tratamento de quimioterapia e radioterapia antes do procedimento cirúrgico.

Tem dúvidas sobre o seu diagnóstico?

Dúvidas Frequentes

Não. Existe uma relação de semelhança entre eles, mas não podem ser considerados sinônimos. Tumor é uma designação dada para uma formação sólida, a qual pode ser benigna ou maligna. Câncer é uma doença maligna. Todo câncer tem uma tumoração maligna, mas nem todo tumor é um câncer.
Exemplos de tumores benignos são os miomas uterinos ou pólipos intestinais. Os tumores benignos normalmente tem um crescimento lento, apresentam superfícies regulares e não invadem estruturas ou órgãos vizinhos.
Já, tumorações malignas apresentam um crescimento mais acelerado, apresentam superfícies irregulares e podem invadir estruturas ou órgãos vizinhos.

Não. 85% a 90% dos cânceres tem origem esporádica, ou seja, o DNA sofreu uma mutação que predispõe ao câncer devido a comportamentos ambientais, tais como sedentarismo, tabagismo, exposição solar, consumo de bebida alcoólica, alimentação pobre em fibras, legumes, verduras e frutas.
O restante, 10% a 15% realmente tem uma relação genética que predispõe ao câncer, por exemplo as mutações do BRCA, p53, gene APC e por aí vai. Essas existem relação de hereditariedade e normalmente são diagnosticados com câncer em idade jovem.

Normalmente, os cânceres em estágio inicial apresentam sinais e sintomas dos locais que eles estão se desenvolvendo. No entanto, isso não é uma regra.
Sintomas como fraqueza, perda de apetite, cansaço, perda de peso inexplicada são alguns sintomas que estão presentes em quase todos os tipos de cânceres. Além disso, dor abdominal difusa, alteração do hábito intestinal e presença de sangramento seja vaginal ou nas fezes são sempre sinais a serem investigados.

Não. Para cada tipo de neoplasia há um tipo específico de quimioterapia a ser empregada. Além disso, nem toda quimioterapia empregada para cada tumor é igual para todos os indivíduos. O tratamento oncológico, incluindo cirurgia, quimioterapia e radioterapia, são sempre individualizados. Não é porque um os tumores são semelhantes que o tratamento empregado acaba sendo o mesmo. Além das características individuais de cada paciente, existem as particularidades de cada tumor o que acaba diversificando esse tratamento.

Depende de inúmeros fatores. O primeiro deles é a condição clínica do paciente. Por vezes, o paciente pode ser limítrofe para cirurgias minimamente invasivas como as laparoscópicas (por vídeo) e as robóticas. Em segundo lugar, vem as características do tumor, tais como tamanho, localização e grau de invasão de órgãos locais. Em terceiro, mas não menos importante, vem a habilidade do cirurgião com o tipo de via da cirurgia; ou seja, se o cirurgião tem expertise o suficiente para resolver, porventura, alguma complicação que possa aparecer naquela via cirúrgica optada. Concluindo, a melhor via cirúrgica tem a mesma linha de raciocínio que a linha de tratamento oncológico: a melhor que há para você!